sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

A Mão É Chumbo Que Esmaga Mas Não Se Vê.

Saíram os dados consolidados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pelo Ministério do Trabalho, sobre o mercado de trabalho brasileiro no ano de 2014. No total do ano passado o país criou 396.993 postos de trabalho formais (com carteira assinada). É o pior resultado desde o ano de 2002 e muito abaixo da meta estabelecida pelo governo, que era de 1.000.000 de vagas criadas.

O que isso, mais uma vez, evidencia? A falência de um modelo de política econômica baseada na mão pesada do Estado, com intervenções e microgerenciamento dos mercados, protecionismo, gastos públicos elevados, irresponsabilidade fiscal e contabilidade criativa, campeões nacionais (leia-se empresários amigos do governante), política monetária irresponsável, enfim, o tal Estado indutor do desenvolvimento que o Delfim Netto e o Luiz Gonzaga Belluzzo (aquele que estragou o Palmeiras e agora ajudou a estragar o Brasil) tanto adoram.

Agora cotejem essa informação com dois dos meus anteriores: este e este. Há menos emprego sendo criado no mercado, a inflação está bastante alta, puxada principalmente pelos alimentos (e não é a primeira vez que isso acontece, lembram-se da explosão no preço do tomate?) e vem aumentos de impostos por aí (isso sem falar nos assombrosos escândalos de corrupção). Tudo isso traça um cenário, presente e futuro, bastante sombrio para o Brasil, com especial gravidade para as pessoas mais pobres - ao contrário do frequente discurso da esquerda, eu sou de direita, liberal, e me importo muito com essa gente.

Não é de se espantar que o crescimento do PIB tenha sido tão pífio ano passado e que há quem (eu quase estou entre eles) estime para este ano até mesmo uma recessão. 

A arrogância de quem achou que podia controlar a economia não foi perdoada. Adam Smith foi subestimado por esse governo e sua mão invisível foi implacável.


Nenhum comentário:

Postar um comentário