segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Desculpa Esfarrapada

O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, mestre em falar besteira sobre economia, habilidade esta somente rivalizada pela sua habilidade em fazer besteira na economia, saiu-se com uma que é do balacobaco: http://veja.abril.com.br/noticia/economia/crise-nas-empresas-de-eike-arranhou-imagem-do-brasil-diz-mantega. Depois da capa da revista The Economist mostrando o Cristo Redentor em franca rota de colisão com o chão, o ministro agora culpa a derrocada da OGX e demais empresas do grupo X, de Eike Batista, na bolsa de valores por “arranhar” a reputação do Brasil. 

Ora, ministro, sem dúvida alguma, o fracasso de uma empresa do porte e com as expectativas geradas pela OGX  expectativas essas em grande parte infladas artificialmente pelo próprio governo via política de "campeões nacionais" com os bilhões aplicados na petroleira e demais empresas EBX pelo BNDES, é importante frisar ,  não é bom para o país, e sim, pode “arranhar” sua imagem, ainda mais em um país em desenvolvimento (será mesmo?) como o Brasil. Mas o senhor incorre em dois erros crassos: primeiro, a reputação do Brasil perante o mundo não está “arranhada”, ela está destroçada, e piorando! Em segundo lugar, o principal culpado por essa situação deplorável é o próprio governo ministro – com destaque para o senhor, que é uma piada –, com seu excesso de intervencionismo e microgerenciamento da economia brasileira, esse ideário rançoso e fracassado do Estado indutor e locomotiva do desenvolvimento. 

Quem é a verdadeira locomotiva, induz e gera riquezas e desenvolvimento somos nós as pessoas, os indivíduos, organizados em uma economia de mercado, em que cada pessoa é livre, talvez seja melhor usar a palavra desimpedida, para produzir, comprar e vender de acordo com as suas possibilidades e preferências. Ao Estado cabe apenas proteger esse “desimpedimento” e não tentar direcioná-lo em qualquer direção mais ou menos arbitrária. Culpar a OGX pela queda na percepção e estima com relação ao país inteiro é pura desonestidade, é criar uma distração para esconder o próprio fiasco. 

Quem segura e impede o desenvolvimento do Brasil não é a mão-invisível de Adam Smith, mas sim o braço-de-ferro, bastante palpável, do Estado.