O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, mestre em falar
besteira sobre economia, habilidade esta somente rivalizada pela sua habilidade
em fazer besteira na economia, saiu-se
com uma que é do balacobaco: http://veja.abril.com.br/noticia/economia/crise-nas-empresas-de-eike-arranhou-imagem-do-brasil-diz-mantega.
Depois da capa da revista The Economist
mostrando o Cristo Redentor em franca rota de colisão com o chão, o ministro
agora culpa a derrocada da OGX e demais empresas do grupo X, de Eike Batista,
na bolsa de valores por “arranhar” a reputação do Brasil.
Ora, ministro, sem
dúvida alguma, o fracasso de uma empresa do porte e com as expectativas geradas
pela OGX – expectativas essas em grande parte infladas artificialmente pelo próprio governo via política de "campeões nacionais" com os bilhões aplicados na petroleira e demais empresas EBX pelo BNDES, é importante frisar –, não é bom para o país, e sim, pode “arranhar” sua imagem, ainda mais em um país em desenvolvimento (será mesmo?) como o Brasil. Mas o senhor
incorre em dois erros crassos: primeiro, a reputação do Brasil perante o mundo
não está “arranhada”, ela está destroçada, e piorando! Em segundo lugar, o
principal culpado por essa situação deplorável é o próprio governo ministro –
com destaque para o senhor, que é uma piada –, com seu excesso de
intervencionismo e microgerenciamento da economia brasileira, esse ideário
rançoso e fracassado do Estado indutor e locomotiva do desenvolvimento.
Quem é
a verdadeira locomotiva, induz e gera riquezas e desenvolvimento somos nós as pessoas, os
indivíduos, organizados em uma economia de mercado, em que cada pessoa é livre, talvez seja melhor usar a palavra desimpedida, para produzir, comprar e vender de acordo
com as suas possibilidades e preferências. Ao Estado cabe apenas proteger esse “desimpedimento”
e não tentar direcioná-lo em qualquer direção mais ou menos arbitrária. Culpar
a OGX pela queda na percepção e estima com relação ao país inteiro é pura
desonestidade, é criar uma distração para esconder o próprio fiasco.
Quem
segura e impede o desenvolvimento do Brasil não é a mão-invisível de Adam
Smith, mas sim o braço-de-ferro, bastante palpável, do Estado.