terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Carga Tributária Brasileira Exportando Produção Para a Inglaterra

Olha só que mimo! Uma cervejaria artesanal da Amazônia, a Amazon Beer, vai produzir... na Inglaterra! Isso mesmo! A cervejaria brasileira, querendo ampliar seu mercado consumidor na Europa, firmou parceria com uma empresa inglesa para a produção da sua cerveja. 

Um dos motivos que justificaram a parceria é a distância e o tempo de transporte. Como as cervejas artesanais da Amazon são feitas para serem consumidas jovens, o quanto antes, quanto mais perto sua produção estiver do mercado consumidor, melhor.

Até aí tudo excelente. Acontece que esse não é o único motivo. O outro motivo que incentivou a mudança da produção para a Inglaterra foi, adivinhem só?, o custo Brasil, com nossa pantagruélica carga tributária. Segundo Caio Guimarães, sócio da empresa, em declaração ao Estadão: "o que acontece é que com os custos dos insumos e os impostos aqui do Brasil, a gente chega sem condições de competir com o mercado externo. Nosso produto é pelo menos 40% mais caro feito aqui do lá fora".

Enquanto uma garrafa de Amazon Beer é vendida (sim, vendida, o que quer dizer que já leva em conta os custos de produção e o lucro do empresário) na Inglaterra por 1,20 libras, a mesma garrafinha no Brasil não sai por menos de 10 reais! Diz Caio: "É mais caro mesmo convertendo o preço". 

Se a gente converter usando o preço da libra dado pelo Estadão, em torno de R$ 4, isso quer dizer que a mesma cerveja que a gente paga aqui, no mínimo, R$ 10, poderia estar chegando geladinha à nossa goela por R$ 4,80, uma diferença de R$ 5,20, o que daria pra comprar outra garrafa e ainda sobrar troco! 

Qual a consequência disso? O Brasil perde em dobro. Perde uma vez por exportar a produção para outros países mais baratos e perde outra vez porque nós, consumidores, somos obrigados a pagar um preço bem mais caro pelo mesmo produto, o que significa que ou a gente gasta mais, ou a gente compra menos (ou ambos, hehe). 

Já tá passando da hora de o país acordar para a necessidade "urgente urgentíssima" de simplificarmos e, principalmente, reduzirmos o volume de impostos pagos pelo cidadão brasileiro.

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